
Essas histórias
passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal - sem nenhum proveito para
ninguém.
O sábio disse:
- Minha filha você age mal falando dos outros; tenho que lhe
dar um dever.
Você deverá comprar uma galinha no mercado e depois caminhar
para fora da cidade. Enquanto for andando, deverá arrancar as penas e ir
espalhando-as.
Não pare até ter depenado completamente a ave. Quando tiver
feito isso, volte e me conte. Ela pensou como os seus botões que era mesmo um
dever muito singular!
Mas não objetou. Comprou a galinha, saiu caminhando e
arrancando as penas, como ele dissera. Depois voltou e contou ao sábio.
- Minha filha - disse o sábio - você completou a primeira
parte do dever. Agora vem o resto.
- Sim senhor, o que é?
- Você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
- Mas senhor é impossível! A esta hora o vento já as
espalhou por todas as direções. Posso até conseguir algumas, mas não todas!
- É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece
com as palavras tolas que você deixa sair? Não é verdade que você inventa
histórias que vão sendo espalhadas por aí, de boca em boca, até ficarem fora do
seu alcance???
Será que você conseguiria segui-las e cancelá-las se
desejasse?
- Não, senhor.
- Então, minha filha, quando você sentir vontade de dizer
coisas indelicadas sobre seus amigos, feche os lábios. Não espalhe essas penas,
pequenas e maldosas, pelo seu caminho.
Elas ferem, magoam, e te afastam do principal objetivo da
vida que é ter amigos e ser feliz!!!
Pense nisso...Usando apenas lindas palavras...